Análise: No mês de maio de 2024 o IPCA foi 0,46%, acima da variação de abril, 0,38%, e do mesmo período do ano anterior (0,23%). O principal impacto, pelo segundo mês consecutivo, foi o grupo de Alimentação e bebidas, seguido por Habitação.
No ano, a variação acelerou de 3,69% em abril para 3,93% em maio, mantendo-se no mesmo patamar do ano anterior.
A média dos núcleos acelerou pelo terceiro mês consecutivo, no entanto, o impacto em 12 meses está em linha com os meses anteriores devido a uma base mais alta em 2023.
Na abertura dos números, a Alimentação no domicílio tem acelerado nos últimos 3 meses, passando de 2,51% em março para 3,27% em maio, e a inflação de serviços se mantém resiliente acima dos 5% nos 12 meses, em especial, os serviços ex-subjacentes, que aceleraram 0,34% no mês.
Quanto aos bens Monitorados, a inflação em 12 meses atingiu 6,09%, frente a uma deflação acumulada de 0,91% no mesmo período do ano anterior. A inflação da gasolina tem acelerado, passando de 4,31% em março para 6,09% em maio, enquanto os preços da Energia elétrica residencial e Plano de saúde seguem resilientes.
Opinião: Embora o headline apresente tendência de queda desde o terceiro trimestre de 2023, os núcleos seguem acima da meta e a inflação de serviços e bens industriais indica uma economia pujante. A tendência de alta na inflação de Alimentação no domicílio indica os primeiros reflexos da catástrofe do Rio Grande do Sul. Em geral, a composição do índice não é boa, e o Banco Central deve optar pela manutenção da Selic no próximo Copom.
